segunda-feira, 21 de julho de 2008

Óleo – Esqueleto Fumando Cigarro (Antuérpia, inverno 1885/1886)
Jornais podem ser obrigados a divulgar alerta contra fumo

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3389/08, do deputado Dr. Talmir (PV-SP), que torna obrigatória a veiculação de mensagem de alerta na imprensa sobre os danos causados pelo tabagismo. Pela proposta, a advertência será publicada por todos os jornais diários do País, anualmente, no dia 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, na primeira página, com extensão mínima de um sexto da mancha gráfica (espaço útil para a inserção de textos e fotos). Para o deputado, a proibição da propaganda de cigarros, "embora seja medida eficaz, merece ser complementada com outras iniciativas, a fim de reforçar a luta contra o vício". O projeto altera a Lei 9.294/96, que restringe o uso e a propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas. De acordo com o projeto, os jornais serão compensados financeiramente pelos custos da divulgação do alerta, com redução no imposto de renda devido. A compensação corresponderá ao valor do custo industrial de impressão de uma edição diária do jornal. O cálculo será feito com base na tiragem média anual, limitada ao custo de produção aproximado de dois mil exemplares. O formato e o projeto gráfico do informe serão definidos pelo Ministério da Saúde.
Tramitação:
O projeto será analisado pelas comissões de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.
O texto tramita apensado ao PL 4846/94, que propõe medidas para restringir o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros.
Íntegra da proposta: PL-3389/2008
Fonte: Agência Câmara
Você sabia?

Que copos descartáveis liberam substância nociva ao homem quando aquecidos? Que o café causa estresse e aumenta a pressão arterial, muita gente já sabe, mas o hábito de tomar cafezinhos durante o expediente esconde um outro mal: aquecido, o plástico dos copinhos descartáveis libera uma substância química semelhante ao hormônio feminino, o xenoestrogênio. Ao entrar no organismo junto com a bebida, o xenoestrogênio ocupa os receptores desse hormônio, aumentando a chance de as mulheres terem câncer de mama ou útero. Já os homens ficam mais predispostos ao câncer de próstata, à infertilidade e à diminuição do número de espermatozóides.
"Estamos o tempo todo expostos ao xenoestrongênio, que é liberado por todos os derivados de petróleo. Por isso, devemos evitar os copos plásticos para o café", alerta a médica ortomolecular Tâmara Mazaracki. Usar vasilhas plásticas no microondas é contra-indicado. O copinho descartável não é o único material a liberar o xenoestrogênio, mas torna-se uma das principais fontes, na medida em que o cafezinho costuma ser ingerido várias vezes ao dia. "As vasilhas plásticas que são levadas ao microondas e qualquer material que contenha derivados de petróleo, ao serem aquecidos, também liberam xenoestrogênios", adverte a Dra. Tâmara.
Ela diz que ambientes novos, com carpete e pisos colados também são grandes emissores de xenoestrogênios. "As pessoas vão se envenenando aos poucos. Devemos mudar nossos hábitos, tomando café em xícara de louça ou vidro. O mesmo vale quando usarmos o microondas".

Síndrome de Münchausen

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Quem foi o Barão de Münchausen? Por que há uma síndrome com o seu nome?
O Barão de Münchausen, um soldado alemão do século XVIII e também um grande contador de histórias, era conhecido por sua tendência ao exagero . Os pacientes com uma história de sintomas, doenças e acidentes fictícios repetidos, geralmente de caráter dramático ou emergencial, são ditos portadores da Síndrome de Münchausen. A história frequentemente inclui múltiplos procedimentos invasivos com resultados negativos. Trata-se de uma doença grave, com elevada incidência de procedimentos clínicos invasivos e operações induzidas pelos próprios pacientes. Sua incidência predomina em mulheres. Tipicamente, à medida que a causa de seus sintomas começa a ser reconhecida, viajam de um hospital para outro até que a natureza de sua doença fique perceptível para todos. A maioria recusa assistência psiquiátrica e continuam a insistir que suas queixas têm origem orgânica. Muitas terminam por cometer o suicídio. A síndrome de Münchausen deve ser diferenciada da simulação que envolve o objetivo consciente de fingir.

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Segredos de Medicina Interna - Anthony J. Zollo Jr.
Ed. Artmed