sábado, 1 de novembro de 2008

sábado, 18 de outubro de 2008

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Hoje é o Dia do Médico
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O dia 18 de outubro foi escolhido como "Dia dos Médicos" por ser o dia consagrado pela Igreja a São Lucas. São Lucas, evangelista e patrono dos pintores e médicos, é o autor do terceiro livro dos evangelhos que tem o seu nome e do Atos dos Apóstolos. Exercia a profissão de médico em Antioquia, quando foi convertido por São Paulo, que o chama de “Médico Bem Amado”.
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Há muitas coisas para se falar sobre essa profissão maravilhosa que abracei por
vocação, por dom de Deus, dos grandes médicos, cujas descobertas salvaram milhões de vidas e contribuíram para melhorar a qualidade da vida humana até o grande médico que presta socorro, indistintamente, nos campos de batalha, esforçando-se para salvar vidas e aliviar o sofrimento humano sob qualquer circunstância.
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Quebrar e atravessar barreiras, romper preconceitos, como as Dras. Rita Lobato Velho Lopes, a primeira médica formada no Brasil e Ermelinda Vasconcelos, segunda médica formada no Brasil, que se dedicou à Obstetrícia e por ocasião de sua formatura mereceu uma crônica do historiador Silvio Romero, sob o título "Machona", que continha as seguintes palavras: "Esteja certo a doutora que os seus pés de machona não pisarão o meu lar". Tempos depois, a Dra. Ermelinda foi chamada para fazer o parto da mulher de Silvio Romero. Na ocasião mostrou-lhe um recorte de jornal que guardava consigo, com a referida crônica.
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MAS AQUI VOU REPETIR O JURAMENTO DE HIPÓCRATES
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EU JURO, POR APOLO, MÉDICO, POR ESCULÁPIO, HIGEIA E PANACEA E TOMO POR TESTEMUNHAS TODOS OS DEUSES E TODAS AS DEUSAS, CUMPRIR, SEGUNDO MEU PODER E MINHA RAZÃO, A PROMESSA QUE SE SEGUE:
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ESTIMAR, TANTO QUANTO A MEUS PAIS, AQUELE QUE ME ENSINOU ESTA ARTE; FAZER VIDA COMUM E, SE NECESSÁRIO FOR, COM ELE PARTILHAR MEUS BENS; TER SEUS FILHOS POR MEUS PRÓPRIOS
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ENSINAR-LHES ESTA ARTE, SE ELES TIVEREM NECESSIDADE DE APRENDÊ-LA, SEM REMUNERAÇÃO NEM COMPROMISSO ESCRITO; FAZER PARTICIPAR DOS PRECEITOS, DAS LIÇÕES E DE TODO O RESTO DO ENSINO, MEUS FILHOS, OS DE MEU MESTRES E OS DISCÍPULOS INSCRITOS SEGUNDO OS REGULAMENTOS DA PROFISSÃO, PORÉM, SÓ A ESTES.

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APLICAREI OS REGIMES PARA O BEM DO DOENTE SEGUNDO O MEU PODER E ENTENDIMENTO

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NUNCA PARA CAUSAR DANO OU MAL A ALGUÉM

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A NINGUÉM DAREI POR COMPRAZER NEM REMÉDIO MORTAL NEM UM CONSELHO QUE INDUZA A PERDA

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DO MESMO MODO, NÃO DAREI A MULHER NENHUMA SUBSTÂNCIA ABORTIVA

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CONSERVAREI IMACULADA MINHA VIDA E MINHA ARTE

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NÃO PRATICAREI A TALHA, MESMO SOBRE UM CALCULOSO CONFIRMADO; DEIXAREI ESSA OPERAÇÃO AOS PRÁTICOS QUE DISSO CUIDAM

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EM TODA CASA, AÍ ENTRAREI PARA O BEM DOS DOENTES, MANTENDO-ME LONGE DE TODO O DANO VOLUNTÁRIO E DE TODA A SEDUÇÃO, SOBRETUDO LONGE DOS PRAZERES DO AMOR COM AS MULHERES OU COM OS HOMENS LIVRES OU ESCRAVIZADOS

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ÀQUILO QUE NO EXERCÍCIO OU FORA DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO E NO CONVÍVIO DA SOCIEDADE EU TIVER VISTO OU OUVIDO, QUE NÃO SEJA PRECISO DIVULGAR

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EU CONSERVAREI INTEIRAMENTE SECRETO

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SE EU CUMPRIR ESTE JURAMENTO COM FIDELIDADE, QUE ME SEJA DADO GOZAR FELIZMENTE DA VIDA E DA MINHA PROFISSÃO, HONRADO PARA SEMPRE ENTRE OS HOMENS; SE EU DELE ME AFASTAR OU INFRINGIR, O CONTRÁRIO ACONTEÇA.
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

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Doenças Sexualmente Transmissíveis
( DST)
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Após o início da epidemia de AIDS
( nos primeiros anos da década de 1980 ),
as Doenças Sexualmente Transmissíveis
readquiriram importância como
problema de Saúde Pública. Hoje são
importante grupo de doenças de âmbito
multiprofissional, porque transcendem os achados
médico-biológicos, incorporando aspectos
sociológicos, educacionais,
políticos e até jurídicos, já que estão
relacionadas a temas como atividade
sexual precoce, gravidez indesejada,
abuso sexual, prostituição,
consumo e tráfico de drogas
e à AIDS. São também
responsáveis por graves seqüelas,
como, por exemplo, infertilidade
e impotência, além de íntima relação
com neoplasias malignas
genitais, anais e uterinas.
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Alguns fatos negativos ainda
contribuem para dificultar a vigilância epidemiológica
e o tratamento adequado dos pacientes com DST:
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Ainda são escassos os dados epidemiológicos
relativos às DST, embora já se percebam
melhoras após a implantação do Programa
de Saúde da Família;
Os portadores de DST continuam
sendo discriminados em vários níveis
do sistema de saúde e muitas vezes
o acesso à consulta médica é difícil;
A irregularidade na disponibilização
dos medicamentos específicos,
por provisão insuficiente
ou pelo uso para tratamento
de outras enfermidades;
As técnicas laboratoriais existentes,
para muitas das DST, não apresentam a sensibilidade
e/ou especificidade satisfatórias;
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A conseqüência da falha nesses níveis de atendimento
faz com que a grande maioria dos pacientes
busque atendimento em farmácias comerciais,
resultando em orientação e tratamento inadequados.
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DIVISÂO DAS SÍNDROMES EM DST:
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CORRIMENTO GENITAL: SEXO FEMININO
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Etiologias mais comuns: Tricomoníase, vaginose
bacteriana e candidíase
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CORRIMENTO URETRAL
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Etiologias mais comuns: Gonorréia,
infecção por clamídia, tricomoníase,
micoplasma, ureaplasma
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ÚLCERA GENITAL
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Etiologias mais comuns: Sífilis, cancro mole,
donovanose, herpes genital.
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DESCONFORTO OU DOR PÉLVICA
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Etiologias mais comuns: Gonorréia,
clamídia e infecção por germes anaeróbios.
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DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
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HPV ( PAPILOMAVÍRUS HUMANO)
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Doença infecciosa, de transmissão freqüentemente sexual, causada pelo Papilomavírus Humano, também conhecida como condiloma acuminado, verruga genital, jacaré, jacaré de crista, cavalo de crista ou crista de galo. A meu ver, é uma das mais importantes DST, por existirem estudos que comprovam importante associação entre alguns grupos de papiloma vírus e o câncer de colo de útero. Os tipos de alto risco oncogênico ( 16, 18, 45 e 56, sobretudo), quando associados a outros co-fatores, têm relação com o desenvolvimento das neoplasias intra-epiteliais e do câncer invasor do colo uterino.
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Quadro Clínico:

Maioria das infecções - assintomáticas ou inaparentes;
As lesões podem apresentar-se como lesões exofíticas;
Podem assumir uma forma denominada subclínica,
visível apenas sob técnicas de magnificação
e após aplicação de reagentes, como o ácido acético;
Podem apresentar-se como infecção latente
em que não existem lesões clinicamente
identificáveis ou subclínicas, apenas sendo detectável
seu DNA por meio de técnicas
moleculares em tecidos contaminados.
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Obs: Não é possível estabelecer o intervalo mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento de lesões, que pode ser de semanas a décadas.

Os condilomas, dependendo do tamanho e localização anatômica, podem ser dolorosos,friáveis e/ou pruriginosos. Quando presentes no colo uterino,vagina, uretra e ânus, também podem ser sintomáticos.

As verrugas intra-anais são predominantes
em pacientes que tenham tido coito anal receptivo.
Já as perianais podem ocorrer em homens
e mulheres que não têm história de penetração anal.
Menos freqüentemente podem estar presentes
em áreas extragenitais como conjuntivas,
mucosa nasal, oral e laríngea.
Na forma clinica as lesões podem ser únicas
ou múltiplas, localizadas ou difusas
e de tamanho variável, localizando-se
mais freqüentemente no homem, na glande,
sulco bálano-prepucial e região perianal,
e na mulher, na vulva, períneo,
região perianal, vagina e colo.
Os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 45, 51, 52, 56 e 58,
são encontrados ocasionalmente
na forma clínica da infecção (verrugas genitais)
e têm sido associados com lesões externas (vulva, pênis e ânus),
com neoplasias intra-epiteliais
ou invasivas no colo uterino e vagina.
Quando na genitália externa,
estão associados a carcinoma in situ
de células escamosas, Papulose Bowenoide,
Eritroplasia de Queyrat e Doença de Bowen da genitália.
Pacientes que têm verrugas genitais
podem estar infectados simultaneamente
com vários tipos de HPV.
Os tipos 6 e 11 raramente se associam
com carcinoma invasivo de células
escamosas da genitália externa.

Diagnóstico:

Clínico - pelas lesões já citadas;

Biópsia;

Hibridização in situ, PCR,

Captura Híbrida - diagnóstico definitivo da infecção pelo HPV ;

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Tratamento:

Os tratamentos disponíveis para condilomas são: crioterapia, eletrocoagulação, podofilina, ácido tricloroacético (ATA) e exérese cirúrgica.

Importante o acompanhamento clínico, com exame preventivo sistemático e aconselhamento. Também é de suma importância que o médico solicite Anti-HIV e VDRL ( + FTA-abs), para afastar a possibilidade de outras DST ( AIDS e sífilis).

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Prevenção:

Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção. Ter parceiro fixo ou reduzir número de parceiros. Exame ginecológico anual para rastreio de doenças pré-invasivas do colo do útero. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual durante o tratamento.

Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a utilização da Vacina Quadrivalente produzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina confere proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais (tipos 6 e 11).

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INFECÇÕES GONOCÓCICAS
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A Gonorréia é causada por uma bactéria - a Neisseria gonorrhoeae ( gonococo). É doença de transmissão sexual, embora contaminação indireta possa ocorrer, bem como infecção perinatal. Sinonímia: blenorragia, blenorréia, esquentamento, estrela matutina, fogagem, gota militar, pingadeira.

Manifestações Clínicas no Homem:

Após a relação sexual, segue-se período de incubação de 2 a 10 dias. Ardor, prurido ( coceira), eritema ( vermelhidão) no orifício uretral e eliminação de muco são os sinais e sintomas iniciais. Com a progressão do processo, aparecem supuração e exacerbação do prurido e do ardor, com sensação de suspensão da micção. Sensação de mal-estar e estado subfebril podem surgir. Excepcionalmente, pode ocorrer inflamação na glande e no orifício uretral, com pequenas ulcerações.

Complicações:

Quando não tratada, ou tratada inadequadamente, podem ocorrer inflamação dos condutos parauretrais e periuretrais, inflamação da glândula de Cowper, prostatite, epididimite, orquite e cistite.

Obs: Infecções assintomáticas podem ocorrer em cerca de 10% dos casos.

Manifestações Clínicas na Mulher:
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A infecção uretral na mulher é incomum. Quando ocorre, pode se apresentar como edema no meato uretral, secreção uretral e ardor à micção. Por vezes, surgem sintomas inespecíficos como secreção vaginal, disúria e sangramentos genitais. No entanto, na sua grande maioria, pode passar despercebida. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da doença.

A infecção sintomática não tratada pode evoluir para complicações como: salpingite, abscesso tubo-ovariano e peritonite, constituindo o quadro da doença inflamatória pélvica ( DIP); Obstrução e infecção da glândula de Bartholin; Gravidez ectópica; Esterilidade; Abortamentos; Parto prematuro; Oftalmia Neonatorum.

Infecções Gonocócicas Extragenitais: Além das complicações locais, poderão surgir outras afecções em regiões distantes do aparelho genital.

Gonococcia Oftálmica
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Ocorre no adulto, por inoculação acidental , sendo caracterizada por edema palpebral e secreção purulenta, geralmente acometendo ambos os olhos.

Orofaringite Gonocócica - pode ser assintomática ou se apresentar com eritema de faringe e inflamação das amígdalas com secreção purulenta.

Anorretite Gonocócica - geralmente assintomática; quando sintomática, surgem ardor, secreção purulenta ou sanguinolenta anal e tenesmo.

Gonococcia Disseminada - A infecção gonocócica disseminada (IGD) resulta de bacteriemia gonocócica e ocorre em 0,5 a 3% dos pacientes infectados. Artrite séptica e uma síndrome característica de poliartrite e dermatite constituem as manifestações predominantes, e a IGD representa a principal causa de artrite infecciosa em adultos jovens23 36 48. As complicações raras incluem a endocardite, a meningite, a osteomielite, a sepse com síndrome de Waterhouse-Friderichsen e a síndrome da angústia respiratória do adulto.

Fatores de risco: Promiscuidade, sexo casual sem preservativo, relações sexuais com parceiros ou parceiras com lesões e/ou secreções na área genital e anal, sexo grupal, sexo sem preservativo, sexo oral em parceiros ou parceiras com lesões e/ou secreções na área genital ou anal, sexo anal em parceiros ou parceiras com lesões e/ou secreções na área genital ou anal

Diagnóstico:

Identificação do N. gonorrhoeae em um local infectado; O isolamento por cultura representa o método diagnóstico padrão e sempre deve ser utilizado; Uma simples cultura em meio seletivo mostra sensibilidade de 95% ou mais para amostras uretrais de homens com uretrite sintomática e 80-90% para infecção endocervical nas mulheres, dependendo da qualidade do meio e da adequação da amostra.

Tratamento:

Recomenda-se como terapia inicial um dos quatro esquemas terapêuticos alinhados abaixo ( doses, efeitos colaterais e orientações adicionais - com orientação médica):

Ceftriaxona

Cefixime

Ciprofloxacina

Ofloxacina

Mulheres grávidas com gonorréia não complicada devem ser tratadas com ceftriaxona. A espectinomicina pode ser utilizada em gestantes com história de alergia à penicilina ou às cefalosporinas. A doxiciclina e as quinolonas mostram-se contra-indicadas na gravidez.

Independente do antibiótico de única dose escolhido, o tratamento inicial deve ser seguido de um terapia ativa contra Chlamydia trachomatis. Além de tratar a infecção pela Chlamydia, dar uma segunda droga pode reduzir o potencial de seleção de gonococos resistentes. Os esquemas recomendados são com Doxiciclina ou Azitromicina

Os pacientes com infecção gonocócica disseminada devem ser tratados inicialmente com ceftriaxona por 14 dias.

Infecções não complicadas em crianças e neonatos devem ser tratadas com ceftriaxona. A conjuntivite e a doença disseminada devem ser tratadas por 7 a 10 dias.

Manejo do Parceiro Sexual:

O manejo dos parceiros sexuais representa parte integral do tratamento de pacientes com gonorréia e outras doenças sexualmente transmissíveis. Os parceiros devem ser examinados e tratados com uma das drogas recomendadas, independente da presença de sintomas.

Como se Prevenir das DST:

Usar preservativo ( camisinha), do início ao fim da relação- Nas relações sexuais (sexo genital, oral e anal) use sempre camisinha. Não use somente na ejaculação. Use em qualquer contato sexual

Ter parceiro fixo ou reduzir numero de parceiros


Se você acha que pode estar com DST, procure um médico, que é o profissional capacitado para diagnosticar e tratar essas moléstias.
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Outras DST - abordaremos posteriormente.
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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

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Doença de Graves
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Causa mais comum de tireotoxicose, a Doença de Graves é um distúrbio auto-imune, mais comum em mulheres, com incidência etária máxima entre 20 e 40 anos.
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Características:
Uma ou mais das seguintes características estão presentes:
(1) Bócio ( conhecido popularmente como "papo", é o aumento do volume da tireóide);
(2) Tireotoxicose ( síndrome clínica que resulta quando os tecidos são expostos a altas doses de hormônios tireoidianos circulantes );
(3) Doença ocular, que varia desde lacrimejamento a proptose, paralisia dos músculos extra-oculares e perda da visão devido ao comprometimento do nervo óptico;
(4) Dermopatia tireóidea, em geral se apresentando como espessamento cutâneo intenso, sem cacifo, numa distribuição pré-tibial ( mixedema pré-tibial)
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Manifestações Clínicas ( Sinais e Sintomas ):
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Nervosismo - 99%
Aumento da sudorese - 91%
Hipersensibilidade ao calor - 89%
Palpitações - 89%
Fadiga - 88%
Perda ponderal - 85%
Dispnéia - 75%
Fraqueza - 70%
Aumento do apetite - 65%
Queixas oculares - 54%
Tumefação das pernas - 35%
Diarréia - 23%
Anorexia - 9%
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Manifestações Comuns da Tireotoxicose:
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Taquicardia - 100%
Bócio - 100%
Alterações cutâneas - 97%
Tremor - 97%
Tireóide - 77%
Sinais oculares - 71%
Fibrilação atrial - 10%
Esplenomegalia - 10%
Ginecomastia - 10%
Palma hepática - 8%
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Hipertireodismo Apático:

Pacientes de mais idade não exibem as manifestações clínicas plenas da tireotoxicose - podem ter um afeto embotado, labilidade emocional, perda de peso, fraqueza muscular ou insuficiência cardíaca congestiva e fibrilação atrial refratária ao tratamento habitual.
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Diagnóstico:
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Pelo exame clínico, juntamente com a anamnese ( história do paciente) - sinais e sintomas já citados
THS suprimido, T4 livre elevado, Anticorpos antitireoidianos, Ultra-sonografia da tireóide

Tratamento:

(1) Drogas Antitireóide: Tiocarbamidas ( tionamidas) - propiltiouracil, metimazol e carbimazol

Efeitos Colaterais das Tiocarbamidas:

Prurido e exantema (5%), icterícia colestática, artralgia aguda, ou raramente agranulocitose ( 0,5% dos pacientes - cujos sintomas iniciais podem ser febre e dor de garganta)

(2) Iodo Radioativo ( I131 ) - é provavelmente o tratamento de escolha em adultos com Doença de Graves.

(3) Cirurgia - a tireoidectomia subtotal é o tratamento de escolha para os pacientes com glândula tireóide muito grande e sintomas obstrutivos, ou glândulas multinodulares, ou para as pacientes que desejam engravidar no ano seguinte.

(4)Propranolol - O propranolol, por seus efeitos beta-bloqueadores adrenérgicos, é extremamente útil no controle das manifestações cardiovasculares, o que é conseguido com dose de 60 a 200 mg diárias. Seu uso está contra-indicado nos asmáticos e portadores de bloqueios atrioventriculares.

(5)Digitálico - continua sendo um importante agente no controle da fibrilação atrial do hipertireoidismo. As doses empregadas deverão ser maiores que as habituais, por haver alto metabolismo. O propranolol em doses baixas age cinergicamente com o digital no intuito de retardar a condução atrioventricular, sem produzir grande depressão da contractilidade miocárdica.

Mesmo ocorrendo a remissão da doença, os pacientes com Doença de Graves devem ter acompanhamentos clínico e laboratorial periódicos. A retirada precoce dos medicamentos geralmente acarreta o recrudescimento do quadro. O melhor critério é manter o tratamento por pelo menos 1 anos após atingir o quadro clínico e laboratorial eutireoideano, visando sempre a detecção de um eventual recidiva.

Se você está apresentando sintomas e sinais sugestivos de Doença de Graves, procure um médico, que é o profissional capacitado para diagnosticar e tratar doenças.

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quarta-feira, 1 de outubro de 2008


Hoje é o Dia Mundial do Idoso
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O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno mundial. Em 1991, o Brasil, de acordo com o IBGE, tinha 10,7 milhões de idosos e passou a ter, em 2000, cerca de 14,6 milhões. Já, em 2004, esse número chegou a 17,6 milhões. O crescimento não foi apenas em números absolutos, mas também percentualmente sobre o total da população brasileira, saltando de 7,3% em 1991 para 8,6% em 2000, chegando a 9,7% em 2004.

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A expectativa de vida do brasileiro ao nascer cresceu mais de três anos na última década e passou de 69,3 anos, em 1997, para 72,7 anos, em 2007. As mulheres ainda vivem mais tempo: em média 76,5 anos, contra os 69 anos vividos pelos homens. Os dados constam da Síntese de Indicadores Sociais 2008, divulgada pelo IBGE . Além do mais,a proporção da população " mais idosa", isto é, de 80 anos ou mais, também está aumentando,alterando a composição etária dentro do próprio grupo, ou seja, a população considerada idosa também está envelhecendo ( Camarano et al,1997). Isso leva à heterogeneidade do segmento populacional chamado idoso. A mudança desse perfil demográfico exige cada vez mais adequação na formação de recursos humanos , no sentido de expandir cada vez mais o campo da Geriatria e da Gerontologia, além de políticas que possam beneficiar essa população.
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Posteriormente, farei novas considerações sobre a velhice.
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domingo, 21 de setembro de 2008

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É PRIMAVERA !
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21 de setembro, no hemisfério
sul, marca a chegada
da Primavera.
A vida se renova todos os dias,
mas na primavera
há a exuberância das flores,
a alegria dos pássaros, das borboletas,
das abelhas...
E tudo exulta em alegria:
a primavera, a flor e o amor!
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Pantanal - MS

HOJE É O DIA DA ÁRVORE!
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O Dia da Árvore deveria ser todos os dias!

O nosso país - o Brasil - foi
privilegiado por Deus. Aqui, a natureza
nos deu de presente uma riqueza natural,
com árvores frondosas, cachoeiras,
rios e lagos com águas
cristalinas, muito verde.
Mas...homens inescrupulosos,
que visam apenas interesses
monetários, estão
devastando as nossas florestas.
Vamos plantar mais árvores!
Diz a Pfª. Wangari Maathai,
ganhadora do Prêmio
Nobel da Paz 2004:
" Quando plantamos árvores,
plantamos sementes
de paz e esperança".

Lindas palavras, professora Wangari!
Complemento-as dizendo -
Quando plantamos árvores,
estamos construindo o futuro
dos nossos descendentes.
Sem árvores, o que será
da vida humana no planeta Terra?
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O Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA)
lançou uma campanha mundial para o plantio
de árvores - Plantemos para o Planeta:
Campanha do 1 Bilhão de Árvores.
Pessoas, comunidades, empresas e industrias,
organizações de sociedade civil, organizações
e governos são encorajados a fazer
um compromisso de participação on-line,
a fim de plantar, ao menos, 1 bilhão de árvores
em todo o mundo durante 2007.

“A inicitativa Plantemos para o Planeta:
Campanha dos 1 Bilhão de Árvores
é um motor para essas expressões
voluntárias de solidariedade.
É inclusiva e está aberta a todos –
de governos e empresas
até grupos comunitários e indivíduos.”

E chegamos em 2008...
Devemos continuar a plantar árvores,
muitas árvores.
O futuro do nosso planeta
está em nossas mãos.
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ESTÃO VOLTANDO AS FLORES
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Vê, estão voltando as flores.

Vê, nessa manhã tão linda.

Vê, como é bonita a vida.

Vê, há esperança ainda.
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Vê, as nuvens vão passando.

Vê, um novo céu se abrindo.

Vê, o sol iluminando,

Por onde nós vamos indo,

Por onde nós vamos indo,

Por onde nós vamos indo...

Laia laia laia
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Composição: Paulo Soledade
Composta em 1961,
essa música foi gravada por
Helena de Lima e Dalva de Oliveira.

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Açores - Portugal

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Amazônia - Brasil

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Blog's e Portais Ecológicos

Descubra na internet espaços criados

por pessoas que fazem a sua parte

na defesa do meio ambiente:

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http://www.unep.org/billiontreecampaign/portuguese/
http://www.diadaarvore.org.br/
http://www.biologo.com.br/_notes/blogsdemeioambiente.html
http://ambio.blogspot.com/
http://bioterra.blogspot.com/
http://dias-com-arvores.blogspot.com/
http://www.ecoreportereco.blogspot.com/
http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/index.html
http://www.biojornal.blogger.com.br/
http://www.osgatos.com.br/animal/index.html
http://ondas3.blogs.sapo.pt/
http://www.ambientalistas.blogspot.com/
http://indios.blogspot.com/
http://blogblogs.com.br/tag/meio%20ambiente
http://www.annamaron.com.br/c/e-meio-ambiente-sim/
http://blogdoplaneta.com/colunaepoca/
http://pt-br.wordpress.com/tag/lixo-e-reciclagem/
http://reciclar.brazil.zip.net/
http://umamadordanatureza.blogspot.com/
http://ameanatureza.blogs.sapo.pt/
http://lpncentro.blogspot.com/
http://www.naturezadivina.org/comunidade/?q=blog
http://www.jornaldomeioambiente.com.br/
http://www.desmatamentozero.ig.com.br/
http://www.pontoverde.pt/
http://www.ambientebrasil.com.br/
http://www.reciclaveis.com.br/
http://www.meioambiente.ufrn.br/
http://www.revistafator.com.br/canal.php?id=28
http://www.agricoma.com.br/agricoma/fontes/portais.php
http://www.dfonline.com.br/meioambiente/default.htm
http://www.setorreciclagem.com.br/
http://www.agenciaportalnatureza.com.br/
http://www.amigosdanatureza.com.br/

http://greenpeace.blogtv.uol.com.br/amazonia
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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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Hepatite C: saiba mais e previna-se!
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Hepatite C é a inflamação do fígado causada pelo vírus
da hepatite C (HCV ou VHC), transmitido através do contato
com sangue contaminado.Essa inflamação ocorre na maioria
das pessoas que adquire o vírus e, dependendo
da intensidade e tempo de duração,
pode levar a cirrose e câncer do fígado.
O vírus da hepatite C teve a seqüência de bases
nucleotídicas de seu genoma identificada em 1989
e, no início da década de 90, surgiram testes sorológicos
que identificam a presença da infecção.
Desde então, interrompeu-se significativamente
a contaminação em transfusões de sangue e transplantes.
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EPIDEMIOLOGIA
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A infecção pelo HCV ocorre em todos os
continentes e a OMS estima que existam no mundo
cerca de 170 milhões de indivíduos que estão ou
estiveram infectados por este agente, o que corresponde
a aproximadamente 3% da população mundial.
É atualmente a principal causa de transplante hepático
em países desenvolvidos e responsável por
60% das hepatopatias crônicas.
A OMS classifica a prevalência do HCV como baixa
( 0,2% a 0,5%) no Reino Unido e na Escandinávia,
como intermediária ( 1 a 5%) no Brasil
e na Europa oriental e como elevada (>5%) no Egito.
Nos EUA, admite-se que cerca de 3,9 milhões de
indivíduos já tenham sido contaminados pelo
HCV e que 2,7 milhões destes sejam virêmicos,
ou seja, apresentam o HCV-RNA no soro.
A incidência caiu de 180 mil casos novos por ano,
no início da década de 1980, para 28 mil casos
em meados da década de 1990.
Acredita-se que essa redução tenha sido
decorrente tanto do melhor controle das infecções
nos bancos de sangue como das campanhas de
prevenção da AIDS.
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No Brasil, a triagem sorológica por meio de testes ( Anti-HCV) é feita em todos os bancos de sangue desde 1993. Dados divulgados recentemente sobre o aumento anual de cerca de 30% na taxa de mortalidade de hepatite C, no período de 1996 a 2003, causaram temor na população brasileira. Apesar de os números trazerem preocupação, o Ministério da Saúde esclarece que como a doença pode levar anos para se manifestar, a maior parte dos registros provavelmente tem relação com pessoas contaminadas na década de 70 e 80 e até 1993 não havia controle sorológico para evitar a infecção nas transfusões de sangue e nos transplantes. Ainda existe, portanto, um contingente de pessoas que podem progressivamente engrossar essas estatísticas, caso não seja feito o diagnóstico precoce. O Ministério da Saúde alerta as pessoas que se submeteram à transfusão ou a transplante antes de 1993 para que procurem uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e realizem o teste. (Fonte: Ministério da Saúde)
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COMO SE ADQUIRE A HEPATITE C?
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A hepatite C é causada por um vírus transmitido por sangue contaminado. Portanto, ocorre primariamente por meio de exposição a sangue contaminado e, nesse contexto, as hemotransfusões ( sobretudo antes de 1992), o uso de drogas por via endovenosa, práticas médicas com material contaminado e o transplante de órgãos assumem grande magnitude nos antecedentes. Em circunstâncias raras, ocorre a transmissão por via sexual ( risco maior em profissionais do sexo, em indivíduos promíscuos, naqueles com DST, nos homossexuais masculinos, entre outros)
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e a transmissão vertical (da mãe gestante para o filho, estimada em cerca de 2%)). Nos EUA o consumo de drogas é a maior preocupação das autoridades médicas, enquanto nos países subdesenvolvidos ainda são encontrados casos de hepatites pós-transfusionais. Adicionalmente, a maioria dos casos de contaminação pelo HCV que não são atribuídos à transmissão por transfusão ou drogas pode, entre outros fatores, ser decorrente da exposição dos profissionais da área de saúde ou a contatos sexuais de risco. A prevalência de infecção pelo HCV nos profissionais da área de saúde parece ser semelhante à da população em geral, embora exista o risco de contaminação em acidentes, como os acidentes com agulhas. Estima-se um risco de contaminação com o HCV em torno de 2% após acidente perfurocortante. O risco de contaminação com agulhas ocas ( injeção) parece ser maior do que com agulhas maciças ( sutura), na medida em que nestas últimas o inóculo viral é menor. Não há medidas de profilaxia pós-exposição reconhecidamente eficazes para esta situação ( deferentemente do que ocorre com a hepatite B, onde existem imunoglobulina e vacina).
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O aleitamento materno não foi identificado como fator de risco para transmissão do HCV.
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Outras formas de transmissão do HCV incluem o uso de tatuagens, piercings e o consumo de cocaína por via nasal. Aos adeptos dessas práticas ( tatuagens e piercings), aconselhamos que exijam material descartável ( luvas, agulhas, etc), antissepsia rigorosa e procurem informações sobre os riscos de tais práticas.

Tempo de cicatrização do piercing ( a título de curiosidade):

Lábio - 2 a 4 meses
Língua - 4 a 6 meses
Bochecha - 2 a 3 meses
Sobrancelha - 6 a 8 meses
Trago (orelha), Sobrancelha, Septo - 6 a 8 meses
Cartilagem da orelha - 1 ano
Aba do nariz - 2 meses a 1 ano
Umbigo - 6 meses a 1 ano
Mamilo - 4 meses a 1 ano
Lábio interno, Clitóris - 4 a 8 semanas
Lábio externo, Períneo - 2 a 6 meses
Pênis - 8 semanas
Nuca - 6 a 8 meses
Cartilagem da Orelha e Nariz - 3 meses a 1 ano
Braço/pulso- 1 a 2 meses
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SINAIS E SINTOMAS:
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Após a contaminação, diferentemente das outras hepatites por vírus hepatotrópicos, os períodos de incubação, de pródromos, de doença e de convalescença raramente são observados na infecção pelo HCV, isto porque o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo.

Apenas 1/3 dos adultos com infecção aguda pelo HCV desenvolvem sintomas, após 6 a 12 semanas, em geral inespecíficos, como astenia, anorexia, náuseas e febre. Icterícia é observada em apenas 15 a 20% dos casos. Após a fase aguda, a infecção pelo HCV evolui para a forma crônica em aproximadamente 55 a 85% dos casos.

A hepatite aguda pelo HCV ocasionalmente pode ser grave e se prolongar, mas muito raramente evolui com insuficiência hepática aguda grave ou hepatite fulminante. Há estudos sobre algumas formas mais graves associadas com o consumo exagerado de álcool, co-infecção com o vírus da hepatite B e o vírus HIV.

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Após a cronificação, a hepatite pelo HCV evolui de forma silenciosa, podendo, no entanto, desencadear sintomas gerais, como astenia, fadiga, dores musculares ou articulares, em alguns casos. A infecção pode ainda provocar as chamadas manifestações extra-hepáticas: crioglobulinemia, porfiria cutânea tarda, doenças linfoproliferativas, glomerulonefrites, líquem plano, tiroidite e sialoadenite auto-imunes e diabetes mellitus.

COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?

Anamnese ( história da doença)

Exame físico ( sinais e sintomas já especificados)

Antecedentes pessoais ( pelos meios já citados)

Exames laboratoriais - AST, ALT, bilirrubinas, anti-HCV ( EIE ouElisa, EIE-2, EIE-3)

A positividade do Anti-HCV nos casos de hepatite C aguda é de cerca de 50 a 70%.

RIBA Anti-HCV ( custo elevado)

HCV-RNA( altas sensibilidade e especificidade)

Carga Viral - ainda em fase de aprimoramento

Genotipagem - deve ser realizada em todos os pacientes que serão tratados, já que os esquemas terapêuticos diferem de acordo com o genótipo.

Biópsia hepática - tem sido realizada de rotina nos pacientes para os quais se cogita o tratamento antiviral. Seus objetivos são: avaliação do estágio da doença ( fibrose) e grau de atividade inflamatória, que terão valor prognóstico e definirão a indicação de tratamento; ,afastar outras etiologias; avaliar a presença de fatores contribuintes para evolução para cirrose.

EVOLUÇÃO:

Se você acha que pode estar com hepatite,

procure um médico, pois

só ele poderá fazer o diagnóstico

e tratá-lo adequadamente.

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Fontes: Condutas em Doenças Infecciosas

http://www.medsieditora.com.br/

http://www.hepcentro.com.br/

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?230

http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=22541

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