NEVOS PIGMENTADOS
Nevos, em sentido lato, são anomalias de desenvolvimento da pele ( hamartomas), que se manifestam por hiperplasia (crescimento exagerado por proliferação exagerada das células), hipoplasia ( no caso, subdesenvolvimento do tecido) ou aplasia (desenvolvimento incompleto ou imperfeito) dos elementos constituintes da epiderme e da derme.
Os nevos aumentam de tamanho com o crescimento do corpo e fixam-se para sempre em determinada dimensão.
Alguns acompanham outras alterações orgânicas, constituindo genopatias complexas.

Os nevos epidérmicos são formações hamartomatosas
que têm origem no folheto ectodérmico e mesodérmico e
são caracterizados por diferentes tipos de lesões cutâneas.
Apresentam-se clinicamente como placas discretamente
elevadas, cor da pele ou hipercrômicas e, na evolução,
tornam-se aveludadas e verrucosas.
citos ou apêndices cutâneos, dará origem aos diferentes
tipos de nevos, ou seja, queratinocítico, sebáceo, comedô-
nico e das glândulas écrinas e apócrinas. São exemplos
desse tipo de lesão o nevo sebáceo de Jadassohn, o nevo
verrucoso, a ictiose histrix, entre outros.
Em um terço dos pacientes o nevo epidérmico pode
estar acompanhado de anormalidades em outros sistemas
orgânicos. A associação desses tipos de nevos com
anormalidades congênitas do sistema nervoso central,
oculares e ósseas é de aparecimento esporádico e constitui
a chamada síndrome do nevo epidérmico.
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Síndrome do Nevo Sebáceo
Há nevos com feição hereditária, podendo surgir até em idêntico local de diversos indivíduos da mesma família.
Determinados nevos, decorrido certo tempo de progressão, reduzem-se a pouco e pouco e desaprecem. Um número restrito pode evoluir para neoplasia maligna.
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Podem ser:
Congênitos - presentes ao nascimento, 1% dos nascidos vivos.
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Adquiridos: desde a infância, em geral aos 30 anos se tem 20 a 30 nevos.
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Nevos de Ota e de Ito - estas lesões são caracterizadas por uma extensa hiperpigmentação maculosa azulada unilateral. Se aparecer na região suprida pelas divisões oftálmica e maxilar do nervo trigêmeo, é conhecida como nevo de Ota. Muitas vezes há pigmentação na esclerótica e nos tecidos orbitários até o periósteo; às vezes também nas mucosas da faringe, palato e nariz. Ainda que seja raro, apontam-se casos de malignização ( Fonseca, Aureliano & Faria, J. Lopes )
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Nevo de Ota, com pigmentação da esclerótica ( imagem extraída do Dermatlas )
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Nevo Spillus ( imagem extraída do Dermatlas)
A erupção pode ocorrer em uma distribuição segmentar. Pode associar-se com neurofibromatose.
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Nevo Azul - a lesão é elevada a mostra-se de cor azul ou azul-negra. O dorso da mão é uma localização comum. É totalmente benigna. As células névicas estão presentes na derme inferior e a luz incidente resulta em refração azul.
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Nevo de Becker - é mais comum em homens e embora o tórax, o ombro e braços sejam os locais usuais de comprometimento, pode surgir em qualquer lugar. É pigmetado e subseqüentemente desenvolve pêlos espessos, grosseiros.
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Nevo pigentado verrucoso ( Imagem extraída do link: http://www.dermatologiaestetica.net/)
Nevo Pigmentado Verrucoso - circunscrito, resulta do desenvolvimento excessivo das estruturas epidérmicas, incluindo, obviamente, abundância de células névicas. Tal formação toma aspecto granitado-verrucos e pode ser de pequeno tamanho ou, pelo contrário, extenso, formado por numerosos elementos aglutinados, constinuindo "placas" mais ou menos extensas, com ou sem pêlos.
Nevus piloso pigmentado gigante, transformado em melanoma maligno.
Vista lateral do mesmo paciente.
Observe a acentuada distensão abdominal e a caquexia.
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* Os sinais das palmas, plantas e genitália não são potencialmente perigosos e não necessitam, com exceções, ser removidos. 10% dos homens jovens têm sinais nas palmas, plantas e genitália, todavia melanoma maligno é incomum nestes locais;
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*A eletrólise dos pêlos dos nevos compostos não é perigosa:
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*A excisão de um sinal benigno não provoca alteração maligna;
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