sexta-feira, 10 de abril de 2009

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VOCÊ ACREDITA EM DEUS?
VOCÊ ACREDITA NO CRISTO?
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.Não há, nunca houve, nem jamais
haverá cristianismo genuino e integral
que não seja filho duma intensa vida de oração
e de uma constante comunhão com Deus...
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Huberto Rohden
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.Super Nova
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." No princípio era o verbo,
E o Verbo estava com Deus,
E o Verbo era Deus.
Tudo foi feito pelo Verbo,
E sem o Verbo nada foi feito
Do que feito foi.
Nele estava a Vida,
E a Vida é a luz dos homens,
A luz brilha nas trevas,
E as trevas não a prenderam"...
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Fenômeno "Halo Solar" e a silhueta do Cristo Rei
De Miguel Claro
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..........Nunca apareceu sobre a face da terra fenômeno mais estupendo e glorioso do que aquele carpinteiro de Nazaré, filho de Maria, chamado de Cristo. Mesmo os que, porventura, não lhe reconheçam caráter divino, não poderão negar que ele é não somente o centro da história da humanidade civilizada, mas, e sobretudo, o supremo ideal de todo homem que se tenha libertado do peso da escravidão material e saído do desconcertante labirinto dos formalismos sectários.
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..........Esta é, supomos, a nossa base comum. E, talvez, só esta...
..........Possivelmente, daqui por diante, fora dessa base, os nossos caminhos se bifurquem e ramifiquem indefinidamente. Há quem identifique a sua igreja, seita ou grupo religioso com aquilo que o Cristo chamava " o reino de Deus" - e está aqui o nosso primeiro ponto de discrepância. Não cremos que o Reino de Deus venha jamais ser concretizado, cabal ou mesmo sofrivelmente, numa sociedade eclesiástica qualquer; no melhor dos casos, essas sociedades são tentativas mais ou menos honestas e felizes para concretizarem em pobres fórmulas humanas e infinita riqueza da revelação divina.
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Será que existe sobre a terra um só homem pensante que, de sã consciência, acredite ter captado no acanhado receptáculo do seu credo eclesiástico a luz infinita, a vida ilimitada, o espírito eterno da Divindade, que se revelou, com exuberante plenitude, na pessoa de Jesus, o Cristo?
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..........O Cristo é absoluto e infinito - mas o conhecimento que dele têm os homens é necessariamente relativo e finito, suscetível de crescimento progressivo. Por isto, não pode haver nenhum credo definitivo e estático, que seria estagnação e suicídio espiritual.
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Halo Solar Parcial - Imagem obtida em Vila Boim - Alentejo
De Miguel Claro
http://www.astrosurf.com/astroarte/paisagens.htm
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..........É necessário que o o leitor se dispa de quaisquer preconceitos herdados ou adquiridos, que faça de sua alma carta branca e, mediante intensa e assídua comunhão com Deus na oração e meditação, procure afinar a sua antena espiritual, até saber experiencialmente o que intelectualmente ninguém pode saber. A verdade do Evangelho não é para ser estudada - é para ser vivida, sofrida e gozada. Não existe nenhuma filosofia ou teologia que supra esse refinamento da antena da alma pela oração.
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Mesmo o homem que apenas no último quartel da sua vida terrestre chegasse a descobrir esse "tesouro oculto" seria ricamente recompensado por todos os esforços que fizesse para dele se apoderar.
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China
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...........O homem puramente animal, ou quase animal, vive no plano horizontal, como qualquer quadrúpede, interessado de preferência, se não exclusivamente, em coisas da superfície da vida, como sejam, bens materiais, prazeres orgânicos e vaidades sociais. Despreza ou tem pena dos "idealistas" que crêem num mundo invisível e correm atrás de " coisas quiméricas" e " miragens fictícias", como Deus, imortalidade, etc.
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..........Há, todavia, um bom número de homens, dentro e fora do Cristianismo eclesiástico, que ultrapassaram esse primeiro estágio evolutivo do homem, e começaram a verticalizar a sua vida, isto é, a cavar rumo à profundidade, rumo ao eterno, ao absoluto, ao imutável, ao espiritual, rumo a Deus - seja qual for a idéia que eles formem dessa grande Realidade.
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..........Todos os verticalistas são crentes e não descrentes como os horizontalistas; a maior parte deles, porém, não são ainda cientes ou sapientes. Por que não? Porque não atingiram o fim da jornada, não conseguiram ainda unir o vertical com o horizontal, o espiritual com o material, o eterno com o temporal; não valeram ainda estabelecer a grande síntese, a reconciliação de todas as coisas; não enxergam ainda a grandiosa harmonia cósmica que vai através de todas as latitudes e longitudes, através de todas as altitudes e profundidades do Universo. São ainda unilaterais e não onilaterais na sua filosofia. Crêem ainda numa definitiva oposição entre o mundo espiritual e o mundo material, entre o sobrenatural e o natural.
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.O REALISMO DO REINO DE DEUS
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.........."Não creio em religião - sou por demais realista". É assaz comum ouvirmos frases como esta, em todas as variantes.
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Evidentemente, os autores das mesmas consideram religião como algo puramente idealista, emocional, próprio das pessoas retiradas da vida real; uma espécie de ornato ou artigo de luxo adicionado à vida humana já integralmente constituída em sua realidade essencial. Não negam, geralmente, que seja belo e desejável possuir religião, mas consideram-se por demais realistas, práticos e positivos para não se interessarem por um assunto tão pouco real e positivo como é a religião, no entender deles.
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Esta mentalidade professada por milhares de homens modernos é, quiçá, o mais característico sintoma so caos mental e da universal confusão que o século do rádio, da televisão e da bomba atômica criou no espírito humano.
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É evidente que, desse ponto de vista, as palavras de Cristo, a Bíblia toda e a religião em geral são incompreensíveis como outras tantas esfinges a contemplar de olhos vácuos a silenciosa vacuidade do deserto.
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..........Afinal de contas, nenhum homem de corpo e alma sadios gosta de correr atrás de miragens e quimeras; o homem normal é essencialmente realista e positivo. Esses homens não erram na sua conclusão - erram, porém, em suas primissas, assumindo a irrealidade do mundo espiritual. Para eles, o mundo periférico da matéria é plenamente real, ao passo que o mundo central do espírito é total ou parcialmente irreal. O que esses homens fazem é inverter as funções da periferia e do centro: para eles, a periferia é o centro e o centro é a periferia.
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Toda a dificuldade do homem profano está na sua mingua de realismo e seu excesso de irrealismo. E o que agrava excessivamente essa dificuldade é a circunstância de ele considerar o seu irrealismo como mais real que a própria realidade, a qual, por seu turno, recua para o horizonte longínquo, vago e impreciso de uma total ou quase total irrealidade.
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Ararat
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..........." Metanóia" ou conversão é um abandono da periferia e uma ocupação do centro, uma jornada das aparências para a essência, do parecer para o ser, da inverdade para a verdade.
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É neste sentido que Jesus diz " Veritas liberabit vos" ( a Verdade vos tornará livres), e o apóstolo Paulo fala da "gloriosa liberdade dos filhos de Deus".
Verdade é ser central, inverdade é parecer periférico.
.Viver na inverdade é escravidão.
Viver na verdade é liberdade.
O homem que vive na verdade é um homem realista, porque verdade é realidade.
O homem que vive na inverdade é homem irrealista, porque inverdade é irrealidade.
Verdade, realidade e liberdade são sinônimos, ou melhor, são idênticas.
A irrealidade é escravizante.
A realidade é libertadora.
O homem genuinamente espiritual é 100% realista.
O homem não espiritual é total ou parcialmente irrealista.
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. Escócia
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www. kepguru.hu
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...........Deus é a Infinita Realidade, e o homem é tanto mais realista quanto mais perto está de Deus, e tanto menos realista quanto mais longe está dessa plenitude da Realidade.
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Se há em nosso século tantos homens não espirituais, irreligiosos, materialistas, ateus, agnósticos, indiferentistas, é devido à sua falta de realismo e a seu excesso de ilusionismo.
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O nosso estupendo processo físico-intelectual acabou por atrofiar a faculdade mais delicada do nosso Eu espiritual. Todo esse espalhafato periférico abafou a discreta música do centro. Precisamos de uma profunda "metanoia", reeducando o nosso Eu para vibrações sutis do espírito.
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Atenas

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Cristo - esse desconhecido
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Há quase dois mil anos
Que os homens falam de ti, ó Cristo!
E antes que no cenário histórico aparecesses,
Por dois milênios haviam os videntes
Vislumbrado o teu advento.
Todos falam de ti, ó Cristo!
E ninguém te conhece, ó enigma dos enigmas!
Supremo desconhecido do Universo!
Todos julgam conhecer-te
E todos ignoram a sua própria ignorância...
Muitos sabem o que disseste e fizeste
Ninguém sabe o que és...
Os eruditas analisam as tuas humanas horizontalidades
Mas não valem intuir a tua divina verticalidade.
De tanto falarem de ti,
Não têm tempo para calarem de ti...
O ruído estéril do intelecto
Asfixia o silêncio fecundo do espírito.
A prostituição mental e verbal
Profana a virgindade da alma espiritual,
Dessa lama que só pode conceber o Verbo
Na sacralidade de um vasto silêncio.
E por isto querem os homens substituir o teu Evangelho
Por numerosas legiões de "ismos",
Eruditamente engendrados,
Deslumbrantemente elaborados,
Ruidosamente proclamados,
Eu, porém, meu eterno Cristo,
Anseio por descobrir a tua alma divina
Dentro do corpo humano do Evangelho,
Procuro romper esse invólucro verbal
E fundir-me em ti na experiência vital do que és.
Quero conhecer o que disseste e fizeste
Por aquilo que tu és...
Dentro do átomo do teu Evangelho
Dormita a energia nuclear do divino lógos,
Esse grande Desconhecido de que todos falam
E que todos ignoram...
Não! não quero saber de ti
Novos " ismos" periféricos
Quero viver dinamicamente
A tua realidade central!...
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Huberto Rohden
Textos extraídos dos livros
Lampejos Evangélicos
União Cultural Editora Ltda.
e
Escalando o Himalaia
Livraria Freitas Bastos S.A, 1961
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