quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

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Tratamento da raiva humana é elaborado
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Um protocolo para tratamento da raiva humana a ser instituído no Brasil pelo Ministério da Saúde será elaborado na próxima semana, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, onde foi registrado o primeiro caso de cura no Brasil. Ele deverá adaptar o Protocolo de Milwaukee, de autoria do médico norte-americano Rodney Willoughby, que em 2004 curou uma jovem norte-americana - a única, até hoje, a ter eliminado o vírus da raiva e superado as sequelas da doença. Ela voltou a andar, falar, estuda em universidade e dirige.
Mordido no tornozelo por um morcego em setembro passado em Floresta, no sertão pernambucano, onde mora, Marciano Menezes da Silva, de 16 anos, contraiu raiva humana e está no Huoc desde 10 de outubro. Quatro dias antes começou a apresentar sintomas: salivação excessiva e agitação. Até o surgimento desse caso, quem contraía raiva humana erasedado e morria em dez dias.
Nesta semana, Marciano foi transferido da UTI para a enfermaria. Está consciente, obedece a comandos médicos, e emite alguns sons - "sim", "não", "mãe". Ainda está com um tubo na garganta para ajudar na respiração e eliminação de secreção,mas a previsão é de sua retirada na próxima semana. "Nossa expectativa é a de que ele venha a falar normalmente", afirmou o médico responsável pelo tratamento, Gustavo Trindade Filho. Não há previsão de alta.
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Fonte: O Estado de S. Paulo, 6/2/09
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A Raiva é uma doença dos animais mamíferos
que pode ocorrer nos homens, portanto, uma zoonose.
É causada por vírus, sendo mortal tanto para os homens quanto para os animais.
Nos países desenvolvidos, a Raiva nos animais domésticos
está controlada, mas é efetuada vigilância epidemiológica em função dos animais silvestres, no sentido de se evitar a Raiva Humana.
No Brasil, a Raiva Humana ainda faz vítimas.
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O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a Raiva:
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Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão.
Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo.
Não matar o animal e, sim, deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo de Raiva.
O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas e animais.
Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde.
Nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas.
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OBS: O PERÍODO DE OBSERVAÇÃO DE 10 DIAS É VÁLIDO SOMENTE PARA CÃES
E GATOS. AGRESSÕES POR OUTROS ANIMAIS, COMO BOIS, CAVALOS, PORCOS E NO CASO ESPECÍFICO, O DO MARCIANO MENDES,
QUE FOI MORDIDO POR MORCEGO, O TRATAMENTO
PRECONIZADO PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE, DE IMEDIATO,
SERIA O SORO ANTI-RÁBICO + 5 DOSES DA VACINA ANTI-RÁBICA
(0, 3, 7, 14 E 28)
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Evite:
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Tocar em animais estranhos, feridos e doentes.
Perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo.
Separar animais que estejam brigando.
Entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto).
Criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat natural.
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Animais que podem transmitir a raiva:
O agente causador da raiva pode infectar qualquer animal de sangue quente, porém só irá desencadear a doença em mamíferos, como por exemplo cães, gatos, ruminantes e primatas (como o homem), portanto, as aves não suscetíveis à raiva.
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Cães

Gatos

Macacos

Raposas.

Morcegos.

O morcego hematófago é um importante transmissor da Raiva, pois pode infectar bovinos, eqüinos, suínos e outras espécies de morcego.

A principal doença que os morcegos podem adquirir e transmsitir para o homem e para outros mamíferos é a RAIVA.
Esta doença letal pode ser causada pela mordedura, arranhadura ou até mesmo lambedura de qualquer espécie de morcego, portanto, NUNCA O MANIPULE.
Animais encontrados durante o dia exigem maior atenção, pois há grande possibilidade de estarem doentes e infectados com o vírus da RAIVA.

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http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/120.pdf

http://www.saude.rj.gov.br/Docs/cvas/MANUAL%20DE%20MORCEGO%20ATUALIZADO.pdf

http://www.campinas.sp.gov.br/saude/doencas/raiva/raiva_inf_gerais.htm