Hepatite C: saiba mais e previna-se!
.
COMO SE ADQUIRE A HEPATITE C?

e a transmissão vertical (da mãe gestante para o filho, estimada em cerca de 2%)). Nos EUA o consumo de drogas é a maior preocupação das autoridades médicas, enquanto nos países subdesenvolvidos ainda são encontrados casos de hepatites pós-transfusionais. Adicionalmente, a maioria dos casos de contaminação pelo HCV que não são atribuídos à transmissão por transfusão ou drogas pode, entre outros fatores, ser decorrente da exposição dos profissionais da área de saúde ou a contatos sexuais de risco. A prevalência de infecção pelo HCV nos profissionais da área de saúde parece ser semelhante à da população em geral, embora exista o risco de contaminação em acidentes, como os acidentes com agulhas. Estima-se um risco de contaminação com o HCV em torno de 2% após acidente perfurocortante. O risco de contaminação com agulhas ocas ( injeção) parece ser maior do que com agulhas maciças ( sutura), na medida em que nestas últimas o inóculo viral é menor. Não há medidas de profilaxia pós-exposição reconhecidamente eficazes para esta situação ( deferentemente do que ocorre com a hepatite B, onde existem imunoglobulina e vacina).
.
O aleitamento materno não foi identificado como fator de risco para transmissão do HCV.
.
Outras formas de transmissão do HCV incluem o uso de tatuagens, piercings e o consumo de cocaína por via nasal. Aos adeptos dessas práticas ( tatuagens e piercings), aconselhamos que exijam material descartável ( luvas, agulhas, etc), antissepsia rigorosa e procurem informações sobre os riscos de tais práticas.
Tempo de cicatrização do piercing ( a título de curiosidade):
Lábio - 2 a 4 meses
Língua - 4 a 6 meses
Bochecha - 2 a 3 meses
Sobrancelha - 6 a 8 meses
Trago (orelha), Sobrancelha, Septo - 6 a 8 meses
Cartilagem da orelha - 1 ano
Aba do nariz - 2 meses a 1 ano
Umbigo - 6 meses a 1 ano
Mamilo - 4 meses a 1 ano
Lábio interno, Clitóris - 4 a 8 semanas
Lábio externo, Períneo - 2 a 6 meses
Pênis - 8 semanas
Nuca - 6 a 8 meses
Cartilagem da Orelha e Nariz - 3 meses a 1 ano
Braço/pulso- 1 a 2 meses
.
SINAIS E SINTOMAS:
.
Após a contaminação, diferentemente das outras hepatites por vírus hepatotrópicos, os períodos de incubação, de pródromos, de doença e de convalescença raramente são observados na infecção pelo HCV, isto porque o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo.
Apenas 1/3 dos adultos com infecção aguda pelo HCV desenvolvem sintomas, após 6 a 12 semanas, em geral inespecíficos, como astenia, anorexia, náuseas e febre. Icterícia é observada em apenas 15 a 20% dos casos. Após a fase aguda, a infecção pelo HCV evolui para a forma crônica em aproximadamente 55 a 85% dos casos.
A hepatite aguda pelo HCV ocasionalmente pode ser grave e se prolongar, mas muito raramente evolui com insuficiência hepática aguda grave ou hepatite fulminante. Há estudos sobre algumas formas mais graves associadas com o consumo exagerado de álcool, co-infecção com o vírus da hepatite B e o vírus HIV.
.
Após a cronificação, a hepatite pelo HCV evolui de forma silenciosa, podendo, no entanto, desencadear sintomas gerais, como astenia, fadiga, dores musculares ou articulares, em alguns casos. A infecção pode ainda provocar as chamadas manifestações extra-hepáticas: crioglobulinemia, porfiria cutânea tarda, doenças linfoproliferativas, glomerulonefrites, líquem plano, tiroidite e sialoadenite auto-imunes e diabetes mellitus.
COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?
Anamnese ( história da doença)
Exame físico ( sinais e sintomas já especificados)
Antecedentes pessoais ( pelos meios já citados)
Exames laboratoriais - AST, ALT, bilirrubinas, anti-HCV ( EIE ouElisa, EIE-2, EIE-3)
A positividade do Anti-HCV nos casos de hepatite C aguda é de cerca de 50 a 70%.
RIBA Anti-HCV ( custo elevado)
HCV-RNA( altas sensibilidade e especificidade)
Carga Viral - ainda em fase de aprimoramento
Genotipagem - deve ser realizada em todos os pacientes que serão tratados, já que os esquemas terapêuticos diferem de acordo com o genótipo.
Biópsia hepática - tem sido realizada de rotina nos pacientes para os quais se cogita o tratamento antiviral. Seus objetivos são: avaliação do estágio da doença ( fibrose) e grau de atividade inflamatória, que terão valor prognóstico e definirão a indicação de tratamento; ,afastar outras etiologias; avaliar a presença de fatores contribuintes para evolução para cirrose.
EVOLUÇÃO:

Se você acha que pode estar com hepatite,
procure um médico, pois
só ele poderá fazer o diagnóstico
e tratá-lo adequadamente.
.
Fontes: Condutas em Doenças Infecciosas
http://www.medsieditora.com.br/
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?230
http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=22541
.