terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

As dez espécies mais ameaçadas de extinção

Alguns dos animais mais ameaçados de extinção também fazem parte da lista dos mais notáveis que a natureza criou no planeta. Muitas espécies provavelmente serão extintas nas próximas décadas. Aqui estão as dez espécies mais ameaçadas.


Rinoceronte-de-Java
(Rhinocerus sondaicus)

Restam apenas 60 indivíduos no seu hábitat natural, as florestas de Java e do Vietnã. É talvez o mamífero mais raro do planeta. Seu único chifre é cobiçado pelos caçadores furtivos, e as florestas onde vivem são derrubadas pelos madeireiros. Dificilmente sobreviverá.

Langur-da-cabeça- dourada
(Trachypithecus poliocephallus)

Restam menos de 70 indivíduos, moradores das florestas do Vietnã, desse que é provavelmente o mais ameaçado primata da Ásia. As últimas colônias existentes, com poucos indivíduos, foram colocadas sob proteção no ano 2000.

 

Furão-do-pé-preto
(Mustela nigripes)

Cerca de mil indivíduos sobrevivem nas planícies centrais dos Estados Unidos. É o único furão nativo das Américas e um dos mais ameaçados mamíferos do mundo. Em 1986, havia apenas 18 indivíduos soltos na natureza. Graças a rígidos esquemas de proteção, o número aumentou desde então.

 
Elefante anão- de-Bornéu
(Elephas maximus borneensis)

Restam cerca de 1.500 indivíduos, no norte de Bornéu. Cerca de 50 centímetros mais baixa que o elefante asiático, essa subespécie é mais dócil e calma. Ao reduzir seu hábitat, o desmatamento diminuiu muito suas chances de sobrevivência.

 
Vaquita
(Phocoena sinus)

Restam apenas cerca de 150 exemplares. Moradora do Golfo da Califórnia, a vaquita é um dos cetáceos mais ameaçados do mundo. Além da invasão crescente do seu meio por barcos, ancoradouros, etc., muitos indivíduos perecem quando apanhados nas redes dos pescadores.

 
Gorila-do-rio-Cross
(Gorilla gorilla diehli)

Restam menos de 300 indivíduos, que vivem nas florestas entre a Nigéria e Camarões (África). Caçados como alimento, esses gorilas foram considerados extintos nos anos 1980. Redescoberta pouco depois, a subespécie permanece estável graças à vigilância de organizações internacionais.

 
Tigre-de-Sumatra
(Phantera tigris sumatrae)

Apenas cerca de 400 indivíduos vivem soltos na natureza, em parques florestais da Ilha de Sumatra. De tamanho menor que as outras espécies de tigres, movem-se com agilidade no seio das florestas úmidas. Com a contínua devastação do seu hábitat, a sobrevivência da espécie é muito incerta.


Panda-gigante
(Ailuropoda melanoleuca)

Restam menos de 2 mil exemplares, na China, em Mianmar e no Vietnã. A fragmentação do seu hábitat ameaça-lhe a sobrevivência. Isolados, os grupos de famílias correm risco de degeneração genética. Normas rígidas para a proteção da espécie têm mantido a população estável.

 
Urso-polar
(Ursus maritimus)

Restam cerca de 25 mil indivíduos, nas regiões ao redor do Oceano Ártico. O desenvolvimento das atividades humanas e a caça ameaçam desde sempre essa espécie. Agora, ela se defronta com a perda das superfícies de gelo sobre o Ártico que constituem seu território de caça.

 
Bagre-gigantedo- Mekong
(Pangasianodon gigas)

Restam algumas centenas de exemplares desse bagre, endêmico do Rio Mekong, na Ásia. Apreciado pelo seu tamanho (os maiores chegam a ter 300 quilos), ele agora é protegido na Tailândia, no Laos e no Camboja, mas a pesca clandestina continua.



 
WWF lança campanha global para salvar tigres

Com o início do Ano do Tigre na China, a organização ambiental WWF lançou em Katmandu uma campanha global para dobrar o número de tigres em liberdade para o próximo Ano do Tigre, em 2022.

O número de tigres selvagens no planeta chega atualmente a 3.200, frente aos 7.700 do início da década de 1990, segundo a WWF. O diretor da entidade no Nepal, Anil Chitrakar, afirmou no ato de lançamento da campanha que "o Nepal é um lugar de passagem do tráfico ilegal de partes do tigre", que vêm da Índia e são comprados na China.

Entre 60 e 65 tigres são caçados todo ano na Índia, país com a maior população de tigres selvagens --cerca de 1.500, segundo dados de Diwarkar Chapagain, analista da WWF.

Esses felinos podem ser encontrados em liberdade basicamente em 13 países: Índia, Nepal, China, Rússia, Camboja, Laos, Bangladesh, Vietnã, Malásia, Butão, Tailândia, Mianmar e Indonésia.

O grupo ecologista constatou que um país sozinho não pode lutar contra a caça ilegal de tigres e pediu ao governo nepalês que faça acordos com a Índia e a China para frear o tráfico.

Na China, existe a crença de que partes do tigre como os ossos têm propriedades medicinais e servem para curar o reumatismo e a dor de cabeça, ou até podem atuar como afrodisíacos. "Comprovou-se cientificamente que isto não é verdade", sustentou Chitrakar.

Pobreza

Embora um tigre morto possa ser vendido por até US$ 35 mil, os caçadores às vezes recebem apenas US$ 200, segundo a WWF.

"O motivo principal pelo qual os caçadores furtivos matam tigres é a pobreza", lembrou durante o ato o advogado Prasanna Yonzon.

Além da caça furtiva, a perda do habitat é outro dos grandes fatores que contribuíram para a queda na população de tigres selvagens.

Segundo a WWF, desde 1998, o último Ano do Tigre, os animais foram privados de 40% de seu habitat.

"Os tigres vêm ao nosso povo e matam cabras", lamentou Buddha Tamang, um aldeão de 14 anos que vive no sul do Nepal. "Quando os tigres não conseguem comida, atacam as pessoas", continuou o adolescente, no evento que serviu para que defensores dos animais trocassem impressões.

Outros três jovens do sul de Nepal compartilharam suas experiências. Eles se viram cara a cara com um tigre, sinal de que o conflito animal-homem aumenta quando os felinos perdem seu território.

No Nepal, há 121 filhotes de tigre, segundo o censo oficial elaborado em 2009.

Putin

Os esforços globais para salvar o tigre se intensificaram nos últimos meses, especialmente pelo interesse pessoal do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.

Em setembro ocorrerá na Rússia uma cúpula internacional para recuperar a cada vez mais exígua população de tigres selvagens na Ásia.

Os conservacionistas avaliam a China como um dos países-chave para que o esforço global tenha resultados.

A China proibiu o comércio com partes do tigre em 1993, mas ele continua. No gigante asiático, há cerca de 6.000 felinos em cativeiro, algo que, somado às brechas legais, pode contribuir para o comércio ilegal de suas partes, segundo os analistas.

"Isso põe ainda mais em perigo os tigres selvagens, porque uma provisão sustentada de partes de tigres cativos pode alimentar a demanda de partes dos tigres selvagens", denunciou a WWF.

(Fonte: Efe / G1)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cientistas descobrem arma secreta de células cancerígenas contra quimioterapia



Uma equipe de cientistas britânicos identificou a "arma secreta" que as células cancerígenas usam para combater e sobreviver aos tratamentos com quimioterapia.

A descoberta feita por especialistas da Cancer Research UK, uma ONG dedicada à pesquisa de câncer, relaciona-se com a estrutura de uma proteína que se encontra no coração do sistema de defesa dos tumores cancerígenos.

Identificada como FANCL, essa proteína ajuda as células malignas a reparar o dano sofrido por seu DNA em consequência do tratamento do doente com quimioterapia, explicou Helen Walden, a principal responsável pelo estudo.

"Investigamos a estrutura do motor do sistema de funcionamento. Se conseguirmos detê-lo, seria possível conseguir células muito mais receptivas à quimioterapia."

A cientista disse que sua equipe conseguiu a primeira fotografia atômica completa de uma proteína envolvida no caminho da reparação de uma célula, justo ao próprio coração da rota pela qual as células cancerígenas se defendem de tratamentos que têm como objetivo destruí-las.

Walden acrescentou que, com a descoberta, "é possível melhorar os tratamentos tradicionais". Ela ressaltou que a descoberta pode se transformar em uma linha de pesquisa para a criação de um medicamento específico. A conclusão principal deste estudo, que se publica na revista Nature Structural and Molecular Biology é que um tratamento preciso contra a proteína pode ajudar a combater o câncer.

A doutora Lesley Walker, que também faz parte do Cancer Research UK, ressaltou que se trata de uma pesquisa muito importante porque atinge o cerne da tática após a proteção das células do câncer frente ao tratamento de quimioterapia.

"Esta descoberta nos dá um objetivo promissor para potenciais medicamentos que ajudem a debilitar a resistência das células cancerígenas enquanto se administra a quimioterapia, para fazer com que este tratamento seja o mais eficaz possível." (Fonte: Portal R7)